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17 de setembro de 2011

Voluntários Com Asas/ Carga - Take C'Air



As Voluntárias com Asas/Carga - Take C'Air trabalham com a UPG há um ano e conseguem, viagem após viagem, transportar vários materiais (roupas, brinquedos e livros) para Moçambique doados por pessoas que querem ajudar de alguma forma.

Posteriormente estes bens são distribuídos a todas as crianças e famílias do projecto UPG.

Assim que as malas são despejadas, há uma distribuição por secções - roupa de adulto, roupa de adolescente, roupa de criança ou de bebé, brinquedos, jogos e livros - depois é distribuído nas várias escolas onde a UPG tem os seus projectos. 
Algumas escolas têm aproveitado a chegada deste material para premiar os seus alunos. Muitos dos livros que chegam são indispensáveis para as bibliotecas que se estão a criar e um grande incentivo para quem está a aprender a ler e a escrever.
Os brinquedos e os materiais escolares fazem a delicia da criançada.
Quando recebem alguma coisa "nova" sorriem e não conseguem parar de agradecer.
Khanimanbo  Voltuntárias com Asas, a UPG agradece e as famílias de Moçambique também.





3 de agosto de 2011

O Final de Uma Experiência Única - Por Joana e Leonor


Como forma de resumirmos a nossa passagem por Moçambique acho que se pode dizer que foi a experiência das nossas vidas. Conhecer e poder ajudar a melhorar uma realidade que em tudo é diferente da nossa é um orgulho muito grande. Saber que pouco a pouco estamos a ajudar a criar melhores condições de vida e a construir um futuro melhor para algumas crianças enche-nos o coração. Tal como nos dizia a Irmã Isabel o nome um pequeno gesto já devia ser um grande gesto, porque de facto, embora não possamos ter a ilusão de que vamos mudar o mundo, sem dúvida que o trabalho é já notável. Isso vê-se pelo afecto recebido das crianças, dos seus familiares, que nos agradecem imensamente todo o apoio e trabalho realizado e ainda pelo respeito que já conquistámos nas comunidades locais e comunidades de irmãs e padres que muito admiram o nosso trabalho.
É muito gratificante trabalhar com as crianças ver a sua evolução, algumas que não sabiam o abecedário e que ao fim de algumas semanas de trabalho já conseguem ler, ou ver que outras que não sabiam a tabuada sem consultar a contracapa do caderno e que agora já a sabem. Mas acima de tudo perceber que conseguimos causar um impacto positivo nas vidas delas, conseguir que o lado carinhoso e afável viesse ao de cima. Perceber a alegria e amor que todas elas têm dentro de si através dos seus sorrisos, abraços e beijos, ou mesmo das lágrimas no momento da nossa despedida.
Saímos de Moçambique com várias certezas, de que nem que seja por um pouco mudamos a vida de algumas crianças, que há muito trabalho para fazer e só com gestos como os que têm sido feito podemos ter esperança de construir um país melhor. As crianças são o futuro, e é por isso e por milhões de outras razões que devemos apoiá-las e torná-las adultos educados, responsáveis e cheios de amor. Outra certeza que temos é que vamos procurar mais padrinhos e madrinhas para tantas outras crianças que precisam, mais fundos para que se construam mais casas e outras infraestruturas tão necessárias e mais consciência das necessidades existentes.
Finalmente a certeza de que vamos voltar, para podermos, ajudar mais no terreno, matar saudades que já são tantas e receber tantos sorrisos e carinho em troca.
Para todos aqueles que ainda não tiveram a oportunidade maravilhosa de ir até Moçambique acreditem que vai mudar as vossas vidas, tal como nós, vão crescer muito como pessoas. Vão dar mais valor à abundância em que vivemos e vão ser capazes de pensar que parte dessa abundância pode e deve ser partilhada com quem menos tem, que infelizmente é muita gente e acima de tudo muitas crianças que sofrem não só de carências alimentares mas de doenças que inevitavelmente apanham.

Queremos também dizer um grande Khanimambo a todas as irmãs e padres, à UPG, a todos os voluntários e ex-voluntários não só pelo apoio que nos deram mas sobretudo pelo excelente trabalho que têm feito por Moçambique e especialmente pelas crianças daquele país maravilhoso.
Tamos juntos!
Beijinhos das manas,


Joana e Leonor

1 de agosto de 2011

Eunice em Chongoene - Primeiras Reacções


Escrever sobre as emoções que me estão a inundar nesta primeira experiência de voluntariado em Moçambique é tarefa que não consigo executar. É impossível de descrever: gratidão, submissão, simpatia, humildade, dádiva são palavras insignificantes para caracterizar o povo sofrido e pobre com quem me encontro a desenvolver este " Pequeno Gesto".
As crianças são o espelho desta sociedade: Bens para qualquer um de nós insignificantes podem fazer a diferença.  Não possuem nada, mas nada e não existe o essencial (material escolar, brinquedos, roupa, e tudo o mais)
Contudo na escola onde estou a desenvolver o trabalho de voluntariado verifica-se um empenho (o possível) em alterar esta situação. Não é possível mudar o Mundo, mas se cada um de nós tentar modificar um pouco talvez amanhã tudo seja mais justo e equilibrado.

22 de junho de 2011

Samuel: Experiência em Moçambique


Após alguns meses em terras de Moçambique, posso dizer seguramente que foi a melhor experiência de vida que eu já tive, na medida em que me abriu os olhos para as tão críticas desigualdades sociais do nosso Mundo.
O povo Moçambicano é um povo afável, humilde e hospitaleiro que sabe receber com o pouco que tem.
No meu trabalho, lidava constantemente com situações de carência alimentar e de afecto muito grandes. Posso garantir que 95% das 200 crianças a quem eu dava aulas, eram órfãs de um dos pais ou de ambos e que muitas delas viviam com os avós que já não estão no vigor da idade e não têm como trazer alimento para casa.
Esta falta de afecto e de todos os bens essenciais que estas crianças estavam privadas, fez me perder várias noites de sono, por ser me difícil entender o porquê de uns terem tanto e em abundância e outros não terem o mínimo para sobreviver. Não é justo, e nós próprios somos os culpados desta situação, pois para satisfazer as nossas imensas necessidades nos países desenvolvidos, temos que ir buscar os recursos a outro lado, nomeadamente África, privando os próprios desses mesmos recursos.
É impossível descrever o turbilhão de emoções e de sentimentos que eu tive em Moçambique durante esse tempo, pois precisaria de 50 páginas pelo menos, mas posso dizer que agora que cheguei em Portugal, depois de estar a viver num sitio tão pobre, dou muito mais valor às coisas do que dava anteriormente.
Apoio a 100%, todo o jovem que decida fazer uma experiência de voluntariado num Pais pobre, pois ele vai crescer imenso enquanto pessoa e cidadão.
Espero que, como eu, a Vera, a Celine e muitos outros que já foram missionários, possam cada vez mais surgir vocações de voluntariado nas nossas paróquias. No que depender de mim estarei sempre disposto a aconselhar e apoiar qualquer iniciativa.


Estamos Juntos Khanimambo