13 de novembro de 2012

Mana Helena e o regresso

"Para mim, estes quase dois meses, em que permaneci em Chinhacanine, Moçambique foram muito intensos e revelaram-se uma experiência inesquecível a muitos níveis, entre os quais destaco o humano, intelectual e espiritual. Permanece em mim, uma enorme vontade de voltar sempre que seja possível.
  
As recomendações que posso fazer à UPG, são no sentido de continuar o seu bom trabalho, na forma como organiza, coordena e faz convergir a vontade, a energia e as competências de cada um dos voluntários, no que julgo ser o principal objectivo que é dar sempre o que de melhor possamos ter, àquelas crianças, ajudá-las a encontrar o seu caminho, através da formação e do ensino. Apoiar os parceiros locais, que no terreno fazem um trabalho de grande empenhamento e dedicação e em permanência naqueles projectos e como tal merecem toda a ajuda, no que for possível e ao alcance da UPG.


Recomendações para Futuros Voluntários

Um amor imenso para dar, uma vontade inesgotável de cooperar, uma abertura para aprender o mais possível e muito importante quanto a mim, uma grande humildade. Acho que a humildade facilita muito, a integração e o bom desenvolvimento nas relações com os outros e consequentemente isso vai-se reflectir no trabalho a desenvolver. A capacidade de entender que estamos de passagem e como tal, não devemos impor a quem vive no terreno há muitos anos, quotidianamente, a vivenciar aquela realidade,  a nossa maneira, tantas vezes rígida de pensar e adaptada a outras realidades, muitas vezes, aquilo que temos como certezas. Por muitos conhecimentos técnicos que possamos ter é preciso ser flexível e perceber que a sabedoria não vem nos livros e que as pessoas que estão no terreno sabem mesmo muito, sobre aquele povo, aquela cultura que nada tem a ver com a nossa realidade. A experiência advém-lhes de se confrontarem, em tantas situações, com problemas complexos e dramáticos para os quais têm que arranjar a coragem e o discernimento para os resolver. Penso que isso dá-lhes uma maturidade e sabedoria que tem que ser respeitada por quem chega de novo.

Testemunho Oficial

“A fé é o instinto da acção” Fernando Pessoa – Livro do Desassossego

Foi essa fé, que “move montanhas” que tive o privilégio de testemunhar no empenho incansável e no amor imenso dedicado às crianças, pelas Irmãs e Irmão Vicentinos, nos projectos onde estive envolvida – Centro Promoção Renascer Pra Esperança, Escola de Santa Luisa de Marillac e Escola de São Vicente de Paulo."








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