“Desde que cá estou que tenho contacto com as
crianças, já me chamavam “Mana Mari” há algum tempo, contudo vou agora
sentindo-me cada vez mais próxima delas. Os primeiros meses não foram fáceis, a
adaptação normal de um voluntário no terreno não existiu para nós. Desde o
primeiro minuto que tivemos que enfrentar carências de primeira necessidade,
lidar com vidas humanas e fazer os possíveis para prestar apoio a toda uma
comunidade. Nestes momentos somos invadidos por uma força vinda não sei muito
bem de onde, e estamos prontos a ajudar. Os poucos momentos em que pensámos ir
embora foi quando tememos pela nossa própria vida, e vimos os nossos recursos a
acabar. Fora isso, não sentimos ser justo ter a possibilidade de abandonar uma
situação destas, quando à nossa frente ninguém tem essa opção.
As crianças, o principal da minha missão, começam
agora a fazer parte do meu dia-a-dia e, assim como todos os desta cultura, têm
sorrisos maravilhosos, uma aceitação e uma força na vida impressionantes.
Sinto-me em casa.”
Por Mana Mariana
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