"É, por vezes, muito difícil trabalhar com crianças.
O cansaço, a frustração de não saberem o português, a diferença de idades entre
todas e até a natural energia que lhes corre no corpo, dificulta-nos o
trabalho.
Aquilo que nos dá prazer e força para continuar é
agarrem-se a nós pedindo colo, atenção, cócegas ou apenas uma careta.
No outro dia fomos à missa, estava lá um dos meus
“macaquinhos” (é neto de uma cozinheira aqui do Centro e esteve aqui refugiado
no período das cheias), quando me viu veio agarrar-se a mim, e durante metade
da missa fizemos caretas um ou ao outro, sem que ninguém nos visse. A
cumplicidade que criei com alguns deles é única."
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