30 de outubro de 2012

Visita das Madrinhas L. e F.


"Depois da minha viagem a Moçambique, uma amiga minha, que é jornalista, ficou curiosa e fez-me uma entrevista sobre a viagem e sobre a minha experiência como madrinha para um semanário. Envio as minhas respostas dadas à dita entrevista e serve de testumunho:
 

1. O principal objetivo foi conhecer uma criança moçambicana que apadrinhei este ano.

2. Sabia que ia encontrar uma realidade muito diferente da nossa e tentei me preparar psicologicamente. Mas é sempre um choque ver pessoas que, em pleno séc.XXI, vivem num "mundo" completamente à parte, longe de tudo aquilo a que nós estamos habituados e não damos valor.

3. Além de gostar muito de crianças, sou muito sensível ao estilo de vida em que estas crianças vivem procurando ajudar sempre que posso. Uma amiga minha, Laura Marques, de Lisboa, no início deste ano, falou-me que tinha tido conhecimento de uma Associação "Um Pequeno Gesto Uma Grande Ajuda"  do qual gostou muito e tinha boas referências. Esta associação, acredita que "o acesso à educação e nutrição, num ambiente saudável e digno permite aos jovens e crianças moçambicanos quebrar o ciclo de pobreza".
A sua Missão é a promoção da melhoria das condições de vida de crianças desfavorecidas e suas famílias, em Moçambique. A partir daí, a Laura,  tentou obter mais informações básicas e decidiu apadrinhar uma criança moçambicana. Fiquei interessada e motivada e entrei logo em contato com as pessoas responsáveis. Daí a uns dias, depois de tratar das (poucas) burocracias necessárias, enviaram-me um email com a fotografia do meu lindo afilhado! Chama-se Adriano, tem 15 anos e frequenta uma instituição "Meninos de Hokwé", em regime de internato, que fica situada em Chokwé, a 224 Km (+-3h de carro particular) da capital, Maputo.
O Adriano frequenta esta instituição há poucos meses porque apresenta uma condição sócio económica muito débil e vive muito longe da escola. É uma criança que nunca reprovou um ano e é um potencial aluno universitário. Os critérios de permanência, destas crianças, na referida instituição, são: 
Não podem reprovar ( salvo em caso de doença ou outros identificados como válidos); Manter notas acima da média; Não abandonar o programa; Ter um comportamento cívico exemplar e estar disponível para receber capacitação.
Os padrinhos pagam um certo montante anualmente que cobre as matrículas, o regime de internato, alimentação, saúde e vestuário. Mas, mais do que uma ajuda financeira, incentivam todos os padrinhos a entrar em contato com os seus afilhados, a estabelecerem uma relação. Para além de alimento, estas crianças estão sedentas de carinho e atenção.

4.O que me marcou mais foi, sem dúvida, conhecer o meu afilhado e presenciar e conhecer a realidade em que estas pessoas vivem. Vivem em situações de pobreza extrema, mas sempre com um sorriso estampado na cara e uma simpatia indescritível.

5. Aconselho vivamente!! Gostei tanto e senti-me tão bem, em participar neste programa de apadrinhamento, que estou a pensar seriamente em apadrinhar mais uma criança. Sejam felizes e façam os outros felizes, principalmente os que mais precisam!





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