Leite e pão fresco para o pequeno-almoço |
São 7 da manhã, o
sol já brilha bem alto e 32 crianças de uniforme posto aguardam para
cumprimentarem a Irmã Sidónia e a Mana Atija e tomarem a sua medicação.
É assim que os
dias começam no nosso Centro de Dia HIV em Manjangue, província de Gaza.
Este centro,
localizado nas instalações da Escola de Santa Luísa de Marillac, tem por
objetivo assegurar que crianças infetadas pelo vírus HIV/SIDA têm acesso a
cuidados de saúde, educação e uma alimentação equilibrada para que, assim,
cresçam saudáveis e tenham as mesmas oportunidades de vida que todas as outras.
A província de
Gaza é fortemente afetada pelo HIV/SIDA, sendo uma elevada percentagem das
crianças órfãs ou dependentes de parentes também eles infetados pelo vírus.
Todos os dias as crianças varrem o recreio – um excelente exemplo de trabalho de equipa |
De segunda a
sexta-feira, das 7:00 às 17:00, uma equipa de cinco pessoas trabalha arduamente
para garantir que estas crianças, com idades compreendidas entre os 3 e os 15
anos, têm uma infância feliz e se sentem amadas. Há que cumprir rotinas diárias;
ir à escola e não faltar às consultas médicas; adquirir competências técnicas
como cozinhar e trabalhar no campo; aprender a brincar e trabalhar em equipa.
Os funcionários
do centro têm ainda tempo para visitarem as famílias, falarem com os
encarregados de educação, avaliarem potenciais necessidades e prestarem
aconselhamento quanto aos cuidados a ter com estas crianças.
Visitar o centro
é, para nós, sempre um momento especial. Assim que nos veem, gritam “Mana
Patrícia! Mana Cris!” E sente-se uma energia fantástica no ar – há sempre risos
e gargalhadas a qualquer hora. Bem, exceto na altura da sesta, em que o
silêncio reina!
Quando estão a
tomar o pequeno-almoço, perguntam se somos servidas. Se estiverem a cantar no
recreio, agarram-nos pela mão e pedem-nos para cantarmos. Quando estão a
estudar, mostram-nos os seus cadernos com todo o orgulho.
Apesar de ser um
projeto relativamente recente, o Centro de Dia HIV já é bem conhecido na
comunidade local graças ao excelente trabalho que tem vindo a desenvolver com
este grupo de crianças tão doentes. De tal modo que já há pais que abordam as
Irmãs e perguntam se há vagas para os seus filhos.
Depois de vermos
e sentirmos a diferença que este programa está a fazer na vida destes meninos e
meninas, o nosso único desejo é que o centro continue a expandir e possa apoiar
ainda mais destas crianças tão necessitadas!
Está na hora de aprendermos português na aula de Apoio ao Estudo da UPG |
Nos tempos
livres, brinca-se com bolas de sabão
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