Como forma de resumirmos a nossa passagem por Moçambique acho que se pode dizer que foi a experiência das nossas vidas. Conhecer e poder ajudar a melhorar uma realidade que em tudo é diferente da nossa é um orgulho muito grande. Saber que pouco a pouco estamos a ajudar a criar melhores condições de vida e a construir um futuro melhor para algumas crianças enche-nos o coração. Tal como nos dizia a Irmã Isabel o nome um pequeno gesto já devia ser um grande gesto, porque de facto, embora não possamos ter a ilusão de que vamos mudar o mundo, sem dúvida que o trabalho é já notável. Isso vê-se pelo afecto recebido das crianças, dos seus familiares, que nos agradecem imensamente todo o apoio e trabalho realizado e ainda pelo respeito que já conquistámos nas comunidades locais e comunidades de irmãs e padres que muito admiram o nosso trabalho.
É muito gratificante trabalhar com as crianças ver a sua evolução, algumas que não sabiam o abecedário e que ao fim de algumas semanas de trabalho já conseguem ler, ou ver que outras que não sabiam a tabuada sem consultar a contracapa do caderno e que agora já a sabem. Mas acima de tudo perceber que conseguimos causar um impacto positivo nas vidas delas, conseguir que o lado carinhoso e afável viesse ao de cima. Perceber a alegria e amor que todas elas têm dentro de si através dos seus sorrisos, abraços e beijos, ou mesmo das lágrimas no momento da nossa despedida.
Saímos de Moçambique com várias certezas, de que nem que seja por um pouco mudamos a vida de algumas crianças, que há muito trabalho para fazer e só com gestos como os que têm sido feito podemos ter esperança de construir um país melhor. As crianças são o futuro, e é por isso e por milhões de outras razões que devemos apoiá-las e torná-las adultos educados, responsáveis e cheios de amor. Outra certeza que temos é que vamos procurar mais padrinhos e madrinhas para tantas outras crianças que precisam, mais fundos para que se construam mais casas e outras infraestruturas tão necessárias e mais consciência das necessidades existentes.
Finalmente a certeza de que vamos voltar, para podermos, ajudar mais no terreno, matar saudades que já são tantas e receber tantos sorrisos e carinho em troca.
Para todos aqueles que ainda não tiveram a oportunidade maravilhosa de ir até Moçambique acreditem que vai mudar as vossas vidas, tal como nós, vão crescer muito como pessoas. Vão dar mais valor à abundância em que vivemos e vão ser capazes de pensar que parte dessa abundância pode e deve ser partilhada com quem menos tem, que infelizmente é muita gente e acima de tudo muitas crianças que sofrem não só de carências alimentares mas de doenças que inevitavelmente apanham.
Queremos também dizer um grande Khanimambo a todas as irmãs e padres, à UPG, a todos os voluntários e ex-voluntários não só pelo apoio que nos deram mas sobretudo pelo excelente trabalho que têm feito por Moçambique e especialmente pelas crianças daquele país maravilhoso.
Tamos juntos!
Beijinhos das manas,
Joana e Leonor
1 comentário:
Prima, muito bom!
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