28 de fevereiro de 2013

Caminhada Solidária em Pregança e Fundo de Emergência

No passado Domingo, Padrinhos e Amigos realizaram uma caminhada solidário de apoio ao Fundo de Emergência das Cheias em Moçambique, mais precisamente em Xai-Xai e Chokwé.
Com o apoio de todos, foi possível angariar cerca de 900€ para ajudar quem mais precisa!

Testemunho da Mana Tânia:
"Ter tido a oportunidade de juntar pessoas que gostamos e motivá-las a ajudar as nossas crianças foi realmente fabuloso! 
Todos os esforços valeram a pena, quando vimos os olhares presos às imagens que foram transmitidas, demonstrando que as nossas histórias não nos marcaram apenas a nós... 
Porque sabemos que as nossas experiências foram mágicas e nos acompanharão para a vida, e podermos usar essas memórias para ultrapassar este momento de crise, faz com que elas sejam ainda mais valiosas! 
E claro que não podemos deixar de mencionar a forma como o desafio foi recebido de braços abertos por todos, começando logo pela forma como, durante a caminhada, os participantes escolheram o trajecto mais desafiador... 
No final do dia, e com a fabulosa colaboração de todos, sentimos o coração pleno de alegria por termos atingido o nosso objectivo... Ajudar as crianças! 
A todos os que de alguma forma deram o seu contributo, Khanimambo!"

Em nome das crianças e famílias moçambicanas, obrigado a todos pela iniciativa e força para apoiar a nossa causa!






Graça, a primeira bolseira UPG, e o seu 1º ano


“Em primeiro lugar gostaria de agradecer a Deus por me ter acompanhado em todos momentos da minha vida.
De seguida dizer que é com enorme alegria que redijo esta carta para agradecer o apoio aos meus estudos, não sabe em que medida a minha vida mudou para o melhor pois antigamente mesmo recebendo tão pouco e com as despesas familiar que eu tinha que assumir tinha também a necessidade de tirar mesma parte desse mesmo dinheiro para pagara a escola e confesso que vontade de abandonar a escola não me faltou. Hoje sou muito feliz por que tenho alguém que acreditou em mim e me ajuda nas mensalidades da universidade por isto serei eternamente agradecida.
De seguida mando as minhas notas do primeiro e segundo semestres:
Primeiro semestre
1-Macroeconomia1: 11  
2-Direito Comercial: 13
3-Contabilidade Financeira 1: 14
4-Matemática Financeira 1: 12
5-Ingles Técnico 1: 12
Segundo semestre
1-Contabilidade e auditoria II: 16
2-Gestão das organizações: 12
3-Matemática financeira II: 12
4-Macroeconomia II: 13
5-Direito Fiscal: 13
6-Marketing:14
Um abraço forte”
Por Mana Graça Sitoe

Agradecemos também à Professora o seu esforço e motivação, pois apesar de dar aulas e ter que cuidar de 4 filhos, decidiu estudar e desenvolver as suas competências pessoais, sociais e profissionais.







27 de fevereiro de 2013

Boas noticias em S. Luisa de Marillac


“Boa noite, espero que estejam bem desse lado. Dizer que a maior parte das crianças da UPG da Santa Luísa tem aparecido na escola, apenas duas crianças das novas que ainda não apareceram, mas conforme o que acompanhamos ontem após uma visita, os vizinhos disseram que desde que esta família fugiu as cheias ainda não voltou. Mas é possível que até ao final desta semana muitas crianças apresentar-se-ão na escola.”
                                Por Mano Silvestre





Lanche Solidário para ajuda às Cheias


A nossa Madrinha e Amiga UPG, Maria Goreti, organizou um Lanche solidário na Escola José Saraiva mobilizando alguns alunos, para no intervalo venderem bolos, apoiando assim o Fundo de Emergência das Cheias em Moçambique
“O lanche solidário decorreu com grande empenho e entusiasmo por parte de alunos, professores e comunidade educativa em geral. A causa "Contribuir para as Crianças UPG, vítimas das Cheias em Moçambique", desencadeou uma onda solidária e alegre na qual as turmas dos oitavos anos competiram, saudavelmente, para dar o seu melhor. Ouviam-se frases tais como :
- ... é por uma boa causa...;
- ... eles, perderam tudo.... ;
- ... stôra, na segunda-feira, continuamos ? ;
- ... stôra, está a ser bué-fixe! Devíamos fazer isto mais vezes... ;
-... stôra, está a valer a pena?
Os alunos envolveram-se e fizeram festa!
Alguns, com ajuda dos pais confecionaram doces e salgados, outros  participaram espontaneamente, a pôr mesas, fazer crepes, organizar materiais, incentivar amigos a contribuir e fazer a limpeza.
Na realidade os alunos adoraram os dias "diferentes" (Maria Goreti)

Com esta iniciativa conseguiram angariar c. de 335€

Obrigada aos alunos, pais, Professores, especialmente à Maria Goreti e à Escola José Saraiva por permitir esta actividade!

Juntos por quem ficou sem nada!






26 de fevereiro de 2013

Felizarda e Xavier, e as suas histórias de sucesso com a criação de animais


Aproveitamos esta oportunidade para falar um pouco de uma história que nos tem surpreendido bastante e de uma família que com o apoio dos padrinhos e da UPG, se tem esforçado para se dinamizar e melhorar a sua vida.
Nesta família como em muitas outras famílias moçambicanas vivem 8 pessoas. No entanto a Felizarda é uma menina que tem a sorte de viver ainda com os ambos os pais. O pai Frederico Monjane é um homem de 59 anos e apesar de nunca ter tido oportunidade de estudar, e de não falar por ser mudo, é um forte trabalhador e muito atento à sua machamba e à criação de animais. A mãe Teresa Cuna tem 44 anos também nunca estudou e juntamente com o Frederico trabalha na machamba e na criação de animais. Da sua machamba e com o trabalho de todos os elementos adultos da família (pai, mãe e avós) cultivam mandioca, amendoim, feijão e milho. Como não produzem em grande quantidade tudo é para consumo do agregado.
Mas acima de tudo é na criação de animais que esta família se tem destacado das restantes e foi nesta actividade que se envolveram mais fortemente e se especializaram, tendo tido bastante sucesso nesta área: pois têm 7 cabritos, 28 galinhas, 30 coelhos, e 1 peru, que usam para vender e para consumo do agregado. De destacar que é muito difícil manter e fazer criar estes animais todos.
Esta família vivia em grandes dificuldades económicas e muitas vezes não tinham como alimentar 3 vezes por dia os filhos. Assim foi uma oportunidade única nas suas vidas e um ponto de viragem terem tido duas das suas crianças (Felizarda e Xavier) apadrinhadas. Pois os padrinhos para além de serem bastante atentos e activos, têm apoiado sempre que necessário os seus afilhados e a sua família.
Este apoio permitiu que a família pudesse garantir com alguma sustentabilidade a educação e alimentação dos seus filhos. O que lhes possibilitou concentrarem-se na criação de animais, área onde são um exemplo a seguir. 



St. Julians apoia o Fundo de Emergência!


Na passada semana, a Madrinha e Amiga Ana Paganini fez uma campanha, de muitas que já tem criado, e com o apoio de todos os colegas conseguiu angariar 44.40€ para o Fundo de Emergência das Cheias. A Ana decidiu ajudar a UPG, nesta fase difícil, criando várias campanhas na escola. A Ana apenas com 17 anos tem “contagiado” todos à sua volta com a sua vontade de ajudar quem ficou sem nada.
O desafio da Ana continua: tem colocado algumas urnas pela escola e restaurantes que conhece e, irá criar um jantar solidário junto dos amigos e familiares.
Quem quiser juntar-se à Ana e desafiar-se a si e aos outros, a UPG estará cá para dar apoio!

Juntos pelas crianças e famílias moçambicanas





25 de fevereiro de 2013

Silvestre junta sinergias e começa a reconstrução de S. Luisa


Testemunho de dia 13.02.13

“Espero que estejam bem desse lado, do nosso lado a vida vai andando aos poucos, sempre de olhos abertos para o rio, de acordo com os técnicos de gestão de água dizem que a água está sendo descarregada a partir da África do Sul, mas que está sendo controlada de modo a não causar problemas, esperamos que esta informação seja verdadeira, e que Deus nos ajude de modo a não acontecer mais desastres, enfim.

No relatório falei um pouco da Comissão dos Jovens que criei no ano passado e que não levei avante, e este ano só por estar a fugir das cheias de Chókwe para cá em Chinhacanine, consegui mobilizar os jovens a tornar realidade este projecto de modo a desenvolver esta comunidade, e não só de modo a encorajar as vítimas das cheias a construir nesta zona que é segura, este projecto só por poucos dias está se tornando realidade, muita gente já tem talhões. ainda continuo juntamente com a minha equipe a parcelar a zona e a distribuir os terrenos para as vítimas das cheias, à quatro dias o administrador do distrito veio apreciar o nosso trabalho e gostou bastante e ontem nos trouxe dois técnicos de planeamento territorial do Distrito e dois da Província de Gaza de modo a nos ajudar no parcelamento de talhões para as vítimas de cheias. E não só também hoje recebemos alguns militares que se disponibilizaram a nos ajudar.

No momento, esta Comissão é constituída por 15 jovens estudantes, e é denominada Organização Juvenil Hluvuka Chinhacanine (que em português significa "Desenvolva Chinhacanine"), a missão da Comissão é trabalhar em prol do desenvolvimento da comunidade a qual os jovens estão inseridos, assim como:
Ø  Desenvolver a Comunidade de Chinhacanine em geral e posteriormente ajudar a outros jovens do distrito a desenvolverem as suas comunidades
Ø  Realizar um evento que vise combater a violência contra a mulher, informando quais instituições atuam no apoio às vítimas de violência.
Ø  Promover uma actividade (desportiva/cultural) em prol da melhoria da auto-estima das mulheres, promovendo a valorização e o respeito em todas as fases do seu ciclo de vida (infância, adolescência, gravidez, maternidade, menopausa e velhice).
Ø  Promover uma campanha para estimular e encorajar os jovens a buscarem seu desenvolvimento socioeconómico, por meio da educação e do trabalho.
Ø  Organizar um fórum de discussão, em parceria com o Conselho Comunitário e a Delegacia da Mulher e Ação Social, para esclarecer a população sobre os serviços públicos em defesa da mulher e a legislação atual.
Ø  Promover uma palestra (preferencialmente proferida por um homem) para sensibilizar os homens quanto à divisão de tarefas domésticas, paternidade responsável e intolerância para toda forma de violência contra mulheres e crianças.
Ø  Divulgar métodos de Combate e prevenção do HIV/SIDA, a malária e outras doenças
Ø  Construir latrinas melhoradas em todas as residências desta população de Chinhacanine, visto que estes têm defecado nas ruas e arredores das casas, o que tem provocado cólera e outras doenças, e estas famílias contribuindo por uma cota de participação
Ø  Estudar, elaborar, analisar e propor acções, projectos, políticas, estratégias e directrizes que permitam a integração e participação das crianças, adolescente e jovens no processo educacional, social, ambiental, económico, político e cultural
Ø  Garantir a sustentabilidade da Comissão implementando Projectos de geração de rendimento em benefício dos seus membros e da Comissão.
    E muito mais...”

Por Mano Silvestre







Câmara de Cascais visita os projectos da UPG em Xai-Xai

Na passada semana, o representante da Câmara de Cascais – o Dr. Neutel – visitou as zonas afectadas pelas cheias na cidade de Xai-Xai.  O Dr. Neutel visitou a Escolinha Flor Infância e a Escolinha do André, projectos apoiados pela UPG.
A Vovó Etelvina, responsável pela Escolinha Flor Infância, estava muito feliz, pois durante a visita, o Dr. Neutel disse “está de parabéns porque vê-se todo o trabalho que está a ser feito e com tantas crianças“.  Na Escolinha do André foi recebido com muita alegria pelas crianças todas que estavam à sua espera e com um cartaz de agradecimento a todo o apoio que a Câmara tem oferecido.
Também, foi possível ao Dr. Neutel estar com os 2 afilhados que apadrinham e com 2 dos três bolseiros que apoiam. O dia foi de uma recepção muito calorosa.

No final,  ainda houve tempo para distribuir rebuçados e tirar uma fotografia em grupo:)








20 de fevereiro de 2013

Encontro Padrinhos Porto


Caros Amigos, no passado sábado realizou-se um Encontro de Padrinhos no Porto para todos os que vivem longe da nossa Sede. O Encontro foi muito positivo e respondeu a várias questões dos Padrinhos. Conseguimos também angariar €277, os quais reverterão para o Fundo de Emergência das Cheias em Moçambique.
Agradecemos a todos o envolvimento e participação:)
Khanimambo



O que para cada um representa Ser Padrinho - dinâmica realizada no Encontro:


18 de fevereiro de 2013

Exposição de Pintura e Fundo Emergência - Cheias


O Amigo UPG Vasco Morais vai expor os seus quadros em Cascais, no Restaurante 5entidos-Casa do Largo. É no dia 23 de Fevereiro pelas 17horas revertendo 20% das receitas da sua exposição para as vitimas das cheias no Sul de Moçambique. Até agora as Cheias fizeram 150.000 desalojados principalmente nas zonas de Xai-Xai e Chokwé, onde a UPG tem os seus projectos parceiros.


Com a ajuda de todos vamos reconstruir as vidas de quem ficou sem nada!



Venham visitar a Exposição de Pintura e apoiar a UPG!






14 de fevereiro de 2013

Testemunho Silvestre sobre as cheias



"No dia 22 de Janeiro pela meia-noite a aldeia de Barragem é inundada totalmente, os tetos das casas não eram visíveis, tendo a população recorrido a aldeia de Chinhacanine, ficando assim interdita a comunicação com Manjangue. Às 5h da manhã do dia 23, Manjangue também estava a ser assolada pelas cheias ficando toda a zona submersa, e pelas 9h do mesmo dia a cidade de Chókwe é assolada pelas águas ficando deste modo submersa. Uma das alternativas para puder se fugir das águas era subir em cima das casas pela velocidade com que vinha a água, porque para ir à Macia já não dava tempo, além dos chapas (transporte), o preço ser assustador correspondente a 10 vezes mais o preço normal e que a camada desfavorecida não conseguia pagar, optando em subir em cima das casas. Comparativamente as cheias de 2000, estas são as que tiveram mais estragos, assim como tantas mortes verificadas.
Na Barragem, a situação foi mais agravante devido aos estragos que as cheias causaram, as casas de material local caíram e a população perdeu tudo o que tinha conseguido após cheias de 2000. E, em Chókwe, as pessoas tentaram salvar algumas coisas mas quando os outros fugiam os outros ficavam a roubar as coisas das outras pessoas, como foi o meu caso que fui vítima de roubo de congelador, de cama e de loiça que tinha deixado em cima das chapas, incluindo as próprias chapas, porque eu juntamente com a minha família estávamos em cima de uma casa de alvenaria no lar da minha irmã que achamos seguro e que é um pouco distante da minha casa, daí que ficaram a roubar em casa.
 As famílias que residiam na aldeia da Barragem a qual foi inundada, estão agora a requerer talhões na zona alta de Chinhacanine de modo a construírem neste sítio considerado seguro, e neste caso como antes das cheias os jovens desta aldeia decidiram criar uma comissão de modo a desenvolver esta comunidade, esta ideia partiu duma conversa minha com um jovem que está no estrangeiro a estudar, e que a partir desta conversa coloquei como proposta aos jovens desta comunidade na igreja e que gostaram bastante da ideia. Estes jovens marcaram uma reunião para a gente se encontrar de modo a desenharmos os objectivos que a Comissão deve lutar para atingir, e nesta reunião fui eleito como presidente da comissão.
 Enquanto esperava o reconhecimento da Comissão ao nível do Distrito, como presidente da comissão meti um pedido ao administrador do Distrito para nos autorizar a trabalhar no sentido de ajudar as vítimas das cheias parcelando os talhões e oferece-las de modo a construir as suas palhotas, e o pedido foi aceite, neste momento está a decorrer demarcações de talhões para se distribuir as vítimas das cheias. Espero que Deus ilumine os meus sonhos, ajudando os que mais precisam. Espero contar muita coisa acerca deste assunto."
Por Mano Silvestre





11 de fevereiro de 2013

Meninos de Hokwé


Relatório do Mano Hilário

"Em relação às visitas que tenho efetuado a Hokwe (internato onde temos os meninos a estudar), constatei que os meninos estão bem e alegres. A última viagem, realizei-a na sexta feira passada muito cedo, diferente dos outros dias e, pelo menos estive reunido com todos os meninos na totalidade. Nos outros dias vou lá enquanto alguns estão na sala de aula e, portanto, não os costumo retirar da sala de aula por mais que seja importante a visita. Eu sou a primeira pessoa que exige que eles devem estudar, estudar muito porque nada mais é importante em relação à formação.
Fiquei tão contente e emocionado quando lá cheguei, porque eles deram-me um grande abraço voluntariamente e confesso que isto me deixou muito contente. Acho que eles já começam a ter confiança e carinho por mim, pois nas conversas que tenho tido com eles além de falar sobre a escola tenho apelado para confiarem em mim como irmão mais velho deles ou amigo e vejo que assim o fazem.
Infelizmente a casa de Mateus, Adriano, Anselmo, Pedro e Júlio foram alcançadas pelas águas das cheias e as suas famílias também se encontram nas zonas de reassentamento. A casa da Lina não foi alcançada, aliás ela tem a casa na macia e lá a água não chega, o Hélio também teve a mesma sorte graças a Deus. Por agora não posso escrever muito em relação a esta situação, pois tudo o que escrevi me foi dito por ele em conversa. Ainda não fui pessoalmente verificar esta situação.
Importa aqui referir que no dia em que lá fui, levei para eles umas garrafas de um litro de sumo e uns biscoitos para acompanhar o sumo e eles ficaram tão felizes como mostram as fotografias. Sobre a prenda do Natal só desta vez consegui levar para eles, pois como bem se sabe eles só estão no centro internato durante o ano lectivo e depois vão de férias para casa. Como prenda do Natal levei uns calções para educação física e umas cuecas (pois isso seria a primeira coisa a pedirem no início do ano).
Enfim este é o ponto de situação de Hokwe e tudo que lhes posso dizer os meninos estão bem e estão a estudar muito.
Um abraço muito forte deles e meu."
Hilário Langa
  10.02.2013

Júlio, Hélio e Lina

Mateus e Pedro

Anselmo e Adriano

Testemunho Irmã Lídia

Semana de 4 a 8 de Fevereiro

As águas baixaram aqui em Manjangue, antes de chokwé e logo se começou a limpeza, coordenada pela Irmã Maria do Céu que à medida que as famílias iam voltando, tentou envolver algumas mães e alunos para ajudar. Um trabalho muito pesado, pois fica um matope-barro de centímetros em tudo. Roupas e papeis que são difíceis de aproveitar. Conseguimos salvar muita coisa: computadores, fotocopiadora, documentos dos alunos. O que ficou baixo foi com a água. As crianças como fugiram da água, muito material escolar e roupa, uniforme também se foram. Vive-se uma situação de fome terrível. Com o apoio que recebemos comprámos alimentos e vamos atendendo as crianças em pior situação, os doentes de SIDA e aqueles que estão com Vovós sozinhas e sem condições de nada.
A Irmã Esperança (enfermeira) vai socorrendo os doentes, em suas casas e lá no Irmão Licínio, as crianças estão a tomar a medicação muito certinha, ela controla bem. Vamos ver a recuperação de tudo que vai demorar um pouco, mas estamos muito unidos e com coragem. Agora é trabalhar na solidariedade para poder reiniciar a vida.
Tenho pena da Irmã Neusa, pois na escola São Vicente a água foi mais e não tiveram tempo de erguer nada. Ainda estão a limpar, pois a água demorou mais a baixar.
Vamos comunicando o que poderá acontecer nesses próximos dias. Temos confiança e esperamos que o pior não venha, pois as noticias e informações muitas vezes são contraditórias.
Quando voltarmos às aulas temos vontade de dar pelo menos uma sopa aos alunos, pois não têm nada o que comer e nem dinheiro para comprar uma vez que as compras agora só se fazem na Macia, tudo foi com as cheias.

Unidos na oração e na entreajuda.”

Irmã Lidia








8 de fevereiro de 2013

Alfabetização em 2012


Relatório Projecto Alfabetização 2012

"Iniciámos o anos com 2 homens e 49 mulheres num total de 51 pessoas em Banhine. Em Conjoene iniciámos com 7 homens e 63 mulheres totalizando 70 pessoas. No final do ano registámos 6 desistências, 1 de Conjoene e 5 de Banhine.
Com base nos nossos dados tivemos um aproveitamento muito positivo, apenas reprovaram 8 pessoas em Banhine e 6 em Conjoene totalizando 14 pessoas reprovadas.
As professoras disseram que têm muito gosto de trabalhar, mas apenas como temos pessoas com  deficiência da vista, essas querem mais aulas práticas como costura e ofícios.
Os nossos alunos têm sido muito adequados para contas, isto é, em matemática já tem muita prática na adição, multiplicação divisão e problemas. Em língua portuguesa têm mostrado grande interesse na escrita e leitura, apenas falta a interpretação dos textos.
Os monitores e as professoras avaliamos o projecto duma maneira muito positiva, pois é muito difícil levar pessoas que, não sabiam ler nem escrever, a ser letradas. É muito satisfatório, pois nós não esperávamos e decorreu acima das nossas expectativas, até ao final do ano os nossos alunos já conversavam em português em plena sala de aulas.
Quanto à ligação da aprendizagem e as tarefas que têm em casa verificámos que na época da colheita, os alunos tem faltavam muito.
Pela melhoria do projecto a direcção distrital tem gostado muito da iniciativa de colocar o adulto na aprendizagem e vimos que a melhoria da vida e o modo de entender as coisas têm dado um passo para em frente.
De acordo com a calendarização a alfabetização iniciou-se a 11 de Fevereiro e terminou no dia 16 de Novembro, de 20 a 26 decorreram os exames. Demorou um pouco por causo da falta de material no distrito, tais como livros e produção de folhas de nominais."

Pelo Monitor Issufo







7 de fevereiro de 2013

Situação em Chokwé


A Irmã Neusa está de novo refugiar-se em Maputo e as outras Irmãs estão a deslocar-se de novo para Hospital Carmelo. A Irmã Lidia e as irmãs de Manjangue recusaram-se a sair. No Hospital do Carmelo estão a ajudar milhares pessoas que recorrem e ajudam Médicos Sem Fronteiras também.
Ontem, o Mano Hilário foi ao projeto de Hokwe, mas os jovens estavam em aulas, voltará depois. Informou que as pessoas estão novamente a sair de Chokwe, porque pretendem abrir as comportas.
No Monte Chirrundzo já têm “Hospital Campanha” e 1 médico Sem Fronteiras. Amanha, à volta do Centro, terminam a construção das LATRINAS para as pessoas desalojadas.
Com a ajuda da Opway e dos Sul africanos já reconstruiram uma estrada de ligação  entre CPRE/Manjangue embora de terra batida, este momento, já se pode fazer o trajecto em 5/10 minutos.
Perto da barragem e, por todo lado onde se pode cultivar, o povo está a SEMEAR MILHO – segundo o Irmão “é lindo de se ver, aqui o povo quer trabalhar , não é em vão que isto aqui se chama CENTRO RENASCER PARA A ESPERANÇA”. “As pessoas não ficaram de braços caídos, estão a trabalhar, produzir e fizeram por ter o pão nosso cada dia!”




6 de fevereiro de 2013

Últimas noticias do Silvestre e Hilário


Técnicos de S. Luisa Marillac e SVP

“Estou bem juntamente com a família apenas o susto da informação que haverá mais cheias nos próximos dias, mas enfim esperamos que não venham para estragar o que pelo menos já se arrumou até agora. Quanto ao trabalho ontem fizemos a última limpeza para, hoje, as crianças iniciarem as aulas. Apesar de ontem ter aparecido um número reduzido de crianças, esperamos que hoje apareçam as crianças para estudarem, porque ainda estão um pouco dispersas.” Por Silvestre

Quanto ao Hilário, ontem foi comprar sumo concentrado e bolachas, tipo lanche, para hoje às 5h levar aos Meninos de Okwe. Também, já falou com Irmã Aida (nova ajuda em SVP) para, assim possível, irem à Macia e a Chiaquelaine ao campo de refugiados localizar e identificar as crianças do projeto.

Juntos pelas crianças!




Recomeçar no Centro Renascer…


O Irmão Licínio sente que esta altura das pessoas novamente retornarem para suas vidas, as suas casas e as suas machambas. É preciso começarem por trabalhar a terra de forma a ser um sustento para as famílias! Há que retomar o contacto com a terra que, está pronta e à espera e espera-se que dentro de 1 mês já existirá milho, abóbora e outros produtos. É tempo das famílias começarem a limpeza das casas e, aos poucos deitar SEMENTES A TERRA! Uma forma de ultrapassar mais esta provação da vida.
Com o apoio da Um Pequeno Gesto, a Voluntária Sonia, está a organizar uma recolha de sacos de sementes de feijão, milho. Hoje, Irmão Licinio irá carregar tudo que conseguir e levar no carro dele. Ele está a ser pelas irmãs da Machel e dos Padres Salvatorianos, que estão a trabalhar conjunto (Padre Paulo) e emprestaram-lhe 2 carros para levar os produtos.

Juntos reconstruiremos a vida destas famílias!