29 de outubro de 2015

Parabéns Patrícia!

A madrinha Patrícia já ouve falar da UPG desde o dia zero, já que é irmã da Fundadora e Presidente Mana Sara. Tem um afilhado na Escolinha do André mas decidiu dar mais do seu tempo à UPG desde 2010, assumindo as funções de Directora da Angariação de Fundos. Neste papel, supervisiona a elaboração de propostas de financiamento e a revisão de materiais promocionais, bem como a preparação da estratégia de fundações e grandes doadores. Em 2011, a Patricia foi uma das quatro fundadoras da A Little Gesture A Great Help UK("ALG") dedicando-se activamente ao reconhecimento legal da ALG no Reino Unido. Nesta associação -"irmã" da UPG dedica a grande parte do seu tempo livre, acumulando as funções de Treasurer e relação com o regulador Charity Commission, além da habitual tarefa de Angariação de Fundos.


"Todos temos tempo e carinho dentro de nós para dar aos que mais precisam. A UPG permite-nos ver o impacto directo da nossa ajuda pela sua pequena dimensão, mas também é muito gratificante acompanhar o seu crescimento explosivo nos últimos anos. Há ainda tanto a fazer que às vezes é difícil baixar os braços... mas devagar devagar pequenos gestos podem melhorar o mundo!" 

22 de outubro de 2015

A UPG promove a igualdade de géneros!

Estão a promover a inclusão de raparigas nos programas UPG? Em vários países africanos as raparigas são tratadas como cidadãos “de 2ª categoria” e negligenciadas relativamente à educação, alimentação etc. Se uma família tem recursos limitados darão prioridade a gastar esses mesmos recursos em primeiro lugar com os rapazes, e só posteriormente com as raparigas. Podem informar-nos se os vossos programas e orçamentos contemplam medidas direcionadas para promover a “igualdade entre géneros”? Sabem quantas raparigas, comparativamente aos rapazes, são beneficiadas pelos vossos programas?

R. A igualdade entre géneros é um dos nossos principais objetivos futuros. Nos últimos dois anos temos, cada vez mais, manifestado a nossa preferência pela inclusão de mais raparigas nos grupos de novas crianças nos programas UPG. É do conhecimento geral que as raparigas têm mais dificuldades em progredir uma vez que são responsáveis pela recolha de água, pelas tarefas domésticas, pelo trabalho nas hortas, por tomar conta dos irmãos e da casa, principalmente se forem órfãos. As raparigas são também um grupo de elevada vulnerabilidade devido ao risco de gravidez precoce. No entanto, reconhecemos que a população junto da qual operamos é igualmente desfavorecida, tanto no caso dos rapazes como no caso das raparigas e, por este motivo, os nossos parceiros têm dificuldade em fazer a distinção entre rapazes e raparigas. Os nossos números dividem-se, de um modo geral, em proporções de 50/50, que podem variar de projeto para projeto. 

Assim sendo, e devido ao facto de a nossa taxa de sucesso ser inferior no caso das meninas, estamos a analisar algumas iniciativas para aumentar as nossas atividades centradas nas raparigas. Temos programas de alfabetização cuja participação é composta por 99% de raparigas; os nossos programas de geração de rendimentos são, em grande parte, direcionados para as raparigas/mulheres e estamos a considerar o potencial para apoiar antigas alunas que desejam regressar à escola depois de serem mães e também a possibilidade de desenvolver grupos comunitários que possam apoiar as raparigas nos anos mais difíceis, evitando assim o abandono escolar.

20 de outubro de 2015

A UPG a funcionar em sintonia em Moçambique!

Quem detém a propriedade do programa? É em Moçambique que decidem localmente onde vão gastar o dinheiro e quais as crianças que vão receber apoio? Existem locais a trabalhar no projeto? Quem é o gestor de projeto/responsável pelas decisões /consultor local? 


A UPG trabalha com parceiros locais que estão bastante enraizados na comunidade. Cada criança apadrinhada é selecionada por eles e se, a qualquer momento a criança deixar de necessitar de apoio ou deixar de cumprir os requisitos exigidos, o parceiro pode retirar essa mesma criança do programa, mediante a nossa aprovação.

Além disso, cabe aos parceiros locais manterem-nos ao corrente das necessidades adicionais. Um dos casos mais comuns é o facto de uma família necessitar de uma nova habitação /palhota. Nestes casos, os parceiros locais identificam a família, apresentam o orçamento para o projeto e solicitam o nosso apoio. Enquanto organização de pequenas dimensões tentamos responder da forma mais positiva e atempadamente possível a estes pedidos.

Nota: os parceiros locais têm técnicos juniores que trabalham com eles nestes programas: visitam as famílias, garantem que as crianças estão a frequentar a escola, recolhem informação, etc. Estes técnicos são normalmente jovens ou mães que também pertencem à comunidade. 

Para o programa de refeições escolares, de momento o maior projeto isolado da UPG, a solicitação foi-nos apresentada pelos parceiros locais após as cheias de 2013. Apresentámos alguma resistência inicial devido ao enorme compromisso anual mas fomos convencidas pelas freiras locais de que esta iniciativa era crucial para o sucesso escolar. 


Esta é uma das varias perguntas postas por Amigos UPG interessados sobre a forma como funcionamos. A partilha de decisões em sintonia com a comunidade local é muito importante para validar o nosso trabalho em Moçambique. Atuamos na qualidade de entidade angariadora de fundos e prestamos assistência à administração aos parceiros locais para que estes se possam concentrar no que fazem melhor, ao mesmo tempo fornecemos monitorização e supervisão essenciais para assegurar aos doadores que os fundos doados são devidamente aplicados.

A UPG tem uma política de livro aberto. Contate-nos para saber mais!

19 de outubro de 2015

Escolas da Floresta: da Machamba para a Leira

"Há 5 anos recebi um convite muito especial: retornar à terra e viver uma vida simples durante cerca de 2 meses. Nesse tempo descobri a simplicidade do pedir, a alegria de aprender debaixo de uma árvore, a elasticidade do momento presente.

A experiência que a UPG me proporcionou transformou-me verdadeiramente e, mais importante, vitalizou-me de tal modo que desde Julho de 2010 sinto que o tempo para mim parou: como se estivesse a viver um dia que se desenrola sem parar. 

Na prática percebo que plantei naquele país as sementes de um sonho que se foi concretizando ininterruptamente e que incluía e inclui a Natureza, as crianças, a comunidade, a nutrição e a aprendizagem.

Hoje continuo perto da Natureza pois ela continuou a chamar-me até eu a escutar: caminhei por Portugal com a mesma sensação de pertença que vivi em Moçambique e, com os que fui encontrando no caminho, encontrei-me no meu próprio país.

Da experiência da escola da machamba trouxe a visão para uma escola nos socalcos do Minho e uni o melhor de dois mundos: o da simplicidade e o da abundância.
A escola que se faz perto da terra faz-nos mais humanos nas nossas limitações mas também nos nossos talentos. 
Agradeço a todos os que me acompanharam naquela jornada e especialmente a quem me convidou pois foi desse chamamento que tudo surgiu.


Obrigada Mana Anabela!"