
Após a nossa chegada, uma
ex-voluntária da nossa ONGD (Um Pequeno Gesto) e o seu pai vieram receber-nos
ao aeroporto. Eles foram fantásticos e extremamente acolhedores. Ela estava na
cidade para revisitar o local onde foi voluntária pela UPG à 4 anos atrás. No
caminho, vimos um pouco de Maputo. A primeira sensação que tivemos foi: "é
claramente um país muito pobre". Mesmo sendo a capital, tendo grandes
edifícios, bancos, e.t.c., tudo parecia um pouco antigo e danificado.
No nosso caminho, atravessámos
uma estrada bastante famosa que nos leva a um lugar chamado "Macia".
Imagine-a como uma versão Africana da "Route 66". Vimos inúmeras
pessoas sentadas no chão vendendo frutos. Enquanto estávamos a atravessar esta
estrada, apareceram de forma inesperada, várias pessoas a correr na nossa
direcção. Parecia que estava a acontecer algo importante. Nós não fazíamos
ideia do que estava a acontecer, mas achamos surpreendentemente engraçado. Eles
estavam a tentar vender cajus. Foram sem dúvida os melhores que já provámos!
Ah...Moçambique!!!
20 minutos depois, chegamos a
Xai-Xai. Já não há passeios, o chão está coberto de lixo, lama e poças de água
sujas. A maioria dos edifícios têm apenas 1 andar e pareciam velhos. A maior
parte dos edifícios foram pintados de vermelho, com o logótipo da Coca-cola ou
da Vodacome. Estes edifícios eram bares, cafés e lojas locais. Aparentemente,
estas empresas oferecem as pinturas e são extremamente populares aqui ahah.
Mesmo ao lado da estrada, há crianças com coletes amarelos a vender cartões de
telemóveis para os carregar, algumas mulheres andam com alguidares de fruta no
topo das suas cabeças e outros estão sentados no chão, vendendo alimentos.
Algumas mulheres, vestidas com saias típicas africanas, algumas crianças sem
calçado e outras com os pés dentro de poças de água. Parecia semelhante ao que
normalmente vemos em documentários e filmes.
Fizemo-nos à estrada novamente e
finalmente a caminho de Chockwé, a cidade onde vamos trabalhar e viver nas
próximas 6 semanas. O Hilário é o único que conduz o carro. Ele é o coordenador
local da ONGD. A viagem foi excelente, conhece-mos o Hilário e trocamos várias
ideias. Ele é incrível, apreciamos cada minuto da conversa, enquanto
observávamos uma bela paisagem e ouvíamos kizomba (é um estilo de música dos
países africanos) tivemos a mesma sensação: Uau, isto é lindo e está realmente
a acontecer!
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